Nel mezzo del camin… (por Olavo Bilac)

“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha…

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.”

6 comentários Adicione o seu

  1. Jamila disse:

    Quando eu era menina adorava este poema. Ele é tão delicado, traduz tanta nostalgia…
    O fim que é uma das únicas certezas da vida, frequentemente nos deixa sem prumo.

    1. Pedro Gabriel disse:

      Querida Jamila, companheira da espreita do fim. Grato por sua presença constante e delicada neste blog. Amemos começos, fins, finnegans.

  2. Como não amar esse poema ?

  3. Rafael disse:

    Pelas palavras que estão relacionados ao poema nota-se que não foi compreendido o sentido real. As palavras “ingratidão”, “insensibilidade” de nada se relacionam. A mulher dele morreu: “na extrema curva do caminho extremo.”. Abraço

  4. DEAN WINCHESTER disse:

    To de brinks , gostei do poema

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