XII Soneto

“Quando a hora dobra em triste e tardo toque E em noite horrenda vejo escoar-se o dia, Quando vejo esvair-se a violeta, ou que A prata a preta tempora assedia; Quando vejo sem folha o tronco antigo Que ao rebanho estendia a sobra franca E em feixe atado agora o vejo trigo Seguir o carro,…

Cem Anos de Nelson, 50 de Psicologia (por Pedro Xavier)

“Lendo os grandes escritores da literatura universal, não raro nos deparamos com personagens de quem se diz que são psicólogos. Os próprios autores o dizem, os próprios criadores desses personagens. Não que tenham sido formados na ciência psicológica, não que tenham feito qualquer espécie de graduação em psicologia. Dizer que são psicólogos é o mesmo…

Receita de Ano Novo (por Carlos Drummond)

“Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das…

Passagem do Ano (por Carlos Drummond)

“O último dia do ano não é o último dia do tempo. Outros dias virão e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida. Beijarás bocas, rasgarás papéis, farás viagens e tantas celebrações de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral, que o tempo ficará repleto e não ouvirás o…

Arco-Íris (por Ascenso Ferreira)

“-Como é bonito! Como é bonito! Cheio de cores… cheio de cores… -Viva o Arco-Íris! – ecoa um grito. -Oh! Como é belo! Tem sete cores… -Está bebendo água no riacho! -Vamos cercá-lo… vamos cercá-lo -Vamos passar nele por baixo! -Vamos passá-lo… vamos passá-lo… -Fugiu do riacho… Subiu o monte… -Vamos pegá-lo… vamos pegá-lo… O…

Fragmento de Nova Antologia Poética (por Quintana)

“Oh! aquele menininho que dizia “Fessora, eu posso ir lá fora?” Mas apenas ficava um momento Bebendo o vento azul… Agora não preciso pedir licença a ninguém. Mesmo porque não existe paisagem lá fora: Somente cimento. O vento não mais me fareja a face como um cão amigo… Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.”

Pré-virada (por Quino)

      (Mafalda, como já dito neste Blog, é criação genial do cartunista argentino Quino)