Saravá, Vinícius

Vinícius completa hoje 100 anos de seu nascimento e 95 de poesia. Em sua precocidade, talvez ciente do muito a ser feito no fornecimento da beleza com que iria nos cercar, inicia-se poeta aos 5 anos, com caderninho de poemas e tudo. Nunca deixou de ser menino e, não obstante, envelheceu muito bem (eis o…

Vinícius de Moraes por Vinícius de Moraes

Em um depoimento emocionado, dado em um show ao vivo na Itália ao lado do seu então maior parceiro Toquinho, Vinícius fala sobre sua infância difícil em uma casa de praia, morando ao lado de pescadores depois que seu pai, por um desses revezes da vida, perde tudo o que tem. Ao lado dos filhos…

Vinícius: Poeta do Encontro (por Otto Lara Resende)

“Homem de bem com a vida, a favor da vida. A quem a vida nada se nega a vida. Criador de um lirismo em prosa e verso, falado e cantado, e sempre de exaltação a vida. A canção em Vinicius nasce de um encontro não vem de um conflito. Encontro consigo mesmo, com o outro,…

O Dia da Criação e a Diferença Sexual

Em nossa primeira infância somos surpreendidos pelo que Freud chamava de penisneid, ou seja, a simbolização da diferença corporal entre menino e menina ou, trocando em miúdos, a incorporação psíquica do que no real da carne surge como não coincidente entre as duas possíveis modalidades de corpo. Os corpos de homens e mulheres não são…

Vinícius, Poeta do Encontro (por Otto Lara Resende)

“Homem de bem com a vida, a favor da vida. A quem a vida nada se nega. Criador de um lirismo em prosa e verso, falado e cantado, e sempre de exaltação a vida. A canção em Vinícius nasce de um encontro, não vem de um conflito. Encontro consigo mesmo, com o outro, com sua cidade….

A Estranha Poesia de Vinícius de Moraes

É de Petrarca, o grande italiano, a autoria do modelo cadencial a que chamamos soneto italiano: composição estruturada por 14 versos, distribuídos em 2 quadras seguidas imediatamente por 2 tercetos que assim se mantém desde o século XIV. Os modelos rimáticos mais comuns martelam na cabeça de qualquer pessoa minimamente letrada em poesia (ABBA ou…

A Partida (por Augusto Frederico Schmidt)

“Quero morrer de noite. As janelas abertas Os olhos a fitar a noite infinda Quero morrer de noite. Irei me separando aos poucos Me desligando devagar. A luz das velas envolverá meu rosto lívido. Quero morrer de noite. As janelas abertas. Tuas mãos chegarão aos meus lábios Um pouco de água E os meus olhos…