Com alegria fraterna, abraço os frequentadores deste blog que me presentearam neste ano com 40 mil visitas e partilharam, por meio de comentários perspicazes e especiais, tantas impressões sobre literatura, vida e condição humana. São mesmo desnorteantes os caminhos que tomam toda humana produção e com este espaço a regra não se quebrou, entretanto os…
Categoria: (… LITURAS PRÓPRIAS …)
Feliz JazzTown
Como última postagem do odioso Natal, celebração da culpa onde uma amarga tristeza se traveste de uma caricata alegria e um recitado sentimento de confraternização universal que se contradiz a cada mínimo gesto, apresento o Jazz, sempre ele, sobretudo ele a nos curar. Trago três faixas temáticas de minha maior predileção. Iniciando com Charlie Parker,…
Natal com Maria (2)
Cronista, em qualquer éter onde teu entendimento lúcido e sofrido esteja receba esta infeliz notícia… o Natal e o teu Recife continuam barulhentos, disformes, incoerentes com a poesia que se desprende de suas pontes, rios e praças. Fragmento de CARNAVAL ANTIGO (por Antônio Maria) “No Recife, o Carnaval começava no Natal. Ou melhor, não havia…
EsClaricendo
Meu reflexo encontrado no profundo vazio especular se reflete naquilo que leio em Clarice Lispector. Ali encontro eu próprio, meus nós, meus deslindes, o emaranhado supremo da vida. Lá encontro também uma Vereda, um caminho por onde atravessar a nuvem de fantasia que nos cega a vista e nos dispõe em peleja. Clarice que possui…
Sonoleneto n° -1 ou o Pedágio do Sono
No canto do dia a letra cúmplice desenha-se em poesia. Em artífice gozo massacro meu corpo já sem energia. Caronte com o verso requer seu denário mal soldo diário preço do descanso Quer sono, Poeta? Bem caro Isso custa. Escreve, cala tua cuca, Deita, descansa. (Recife, 10 de Dezembro de 2011, aniversário de 91…
Convite e Agradecimentos
Em tudo o que se pretende arte (ser ou ao menos a ela referir-se) encontramos aventura imprevisível. De todo ofício impossível (analisar, educar, governar… dissertar) não se pode prever senão os começos: como numa enigmática partida de Xadrez em que o desconhecimento do seu termo não elide a necessidade de rigor estratégico para um bom…
Informe aos Lituronautas
Informo aos visitantes que acabo de localizar e consertar um erro nas entranhas dos maquinismos deste blog. Induzido pela gentileza de um dos novos lituronautas (coisa tão incomum em nossa gente mas tão habitual na colmeia dos meus nobilíssimos visitantes) que de modo muito camarada me alardeou o mal funcionamento, pude acertar os parafusos do…
Os Haveres de Vinícius de Moraes
Diante de um lamentável mundo que, crescendo, desaba, Vinícius de Moraes, agasalhado de poesia e música, soube não rumar para o fim e traçar para si um eterno recomeço. Soube também nos ensinar o caminho. Confrontado com as vicissitudes de um mundo que, já em seu tempo, opunha a vida cotidiana (redundante- mente repleta de…
Brasão de Letra
Eu me chamo Pedro. É tudo o quanto sei de minha genealogia, mas já há aí legado demais.
Tristeza, riso, poesia
Não há vida feliz. Ao contrário do que as pessoas comuns vulgarmente repetem (que em todos os momentos da historia sempre se buscou a felicidade como objetivo maior de qualquer vida) a felicidade é uma construção recente: é moderna, filha da revolução industrial que colocou nossa alma em uma esteira fordista transfor-mando-nos em mais um…
