“A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.
E pensava-se que nalgum lugar, muito longe,
Deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer
– uma tabuleta meio torta
E onde se lia em letras rústicas: FIM DO MUNDO.
Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim
E não havia remédio senão iremos andando às tontas
Como formigas na casca de uma laranja.
Como era possível,como era possível,me Deus,
Viver naquela confusão?
Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo…”
Aaaahhh…então é por isso que a gente ACABA com o mundo cada dia um pouquinho mais?
Isso Carla, é pra ter uma referência. Infelizmente a coisa mais familiar para os tristes homens atuais é o traço de sua lamentável destruição.
A gente acaba com o mundo pela eterna necessidade que temos de renascer. Não é o fim que queremos, queremos o reinício. Belo poema e voz de Mário.
Sim Aline, esse é o supremo preço da vida. Lacan, em um de seus seminários a que ele chamou “Encore” (palavra cujo som pode significar mais ou ainda ou no corpo) diz que o amor demanda amor e não pode deixar de demandar, mais, ainda. Fala aqui sobre a errância de nossos afetos mais primordiais e embrulhados. 🙂 Bom vê-la por aqui.