
Passar anos sem ter com quem falar a própria língua é um exílio agudo dentro do próprio silêncio, diz Affonso Romano iniciando sua imorrível crônica. Com este mote homenageio menos o cronista mineiro e mais Juliana Albuquerque Katz, minha “outra Dinamarquesa”: a que comigo fala a inefável língua do intercâmbio que alimenta a alma e disfarça a irreparável solidão que nos estreita duramente contra o muro do vazio da existência. Ao som de nosso familiar e privativo idioma tudo se descongela e toma nova vida. Tenho, enfim, nos lábios, após longos 50 anos, toda a canção. A vida talvez não seja, afinal, um vácuo de erros.
* O Segundo Verso da Canção: Escrito e narrado por Affonso Romano de Sant’Anna

Maravilhoso, quantas vezes não somos Jensen, mesmo no nosso próprio país, na própria cidade.
Pedro, eu realmente não sei o que comentar. Obrigada pela amizade que me ajuda a atravessar o deserto da vida.
Obrigado pela amizade que me refresca a sede na dura travessia do mesmo deserto onde erramos juntos.