
- Espantalho (Desenho de Jorge Miguel: http://jorge-miguel.com/)
“Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esses teus cabelos…
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita…
A súbita alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos!”
(Por Mário Quintana)


completamente retratada a alma dos poetas, que tanto de amor falam, mas conservam sempre o coração na salmoura, que é de onde vem os versos redundantes de amor(dor)….
De minha parte sou também um ama-dor (em todos os 3 sentidos que se pode apreender da palavra).
O poeta fingidor se rende ao amor, e mesmo que insinue a dor, trata tudo com seu melhor bom humor ( quanta rima sem solução!)
Sábio Quintana, hay que ter muito senso de humor pra cultivar o amor.
E uma boa dose do melhor e mais bem vindo masoquismo, sem o qual aliás não se vive.
Claro, Pedro! Há muitas outras especiarias que enriquecem em cor, sabor e olor as (a)venturas do ah!mor.
Pedro, apenas quereria saber, em minha franca ignorancia, da biografia de MQ. Ele teve algum amor duradouro, alguma mulher que o espantasse como a um homem-poeta?Obrigada, Cecília.
Oi Cecília, Quintana não casou e não foi protagonista de nenhuma agonia amorosa duradoura. No entanto amou Cecília Meireles com unha, carne, plasma, linfa, coração e vísceras empapadas de poesia.