“Toda vez que Tom abriu o piano, o mundo melhorou. Mesmo que por poucos minutos, tornou-se um mundo mais harmônico melódico e poético. Todas as desgraças individuais ou coletivas pareciam menores porque, naquele momento, havia um homem dedicando-se a produzir beleza. O que resultasse de seu gesto de abrir o piano, uma nota, um acorde, uma canção, vinha tão carregado de excelência, sensibilidade e sabedoria que, expostos à sua criação, todos nós, seus ouvintes, também melhorávamos como seres humanos.”
(Ruy Castro – A Onda que se Ergueu no Mar)
De Jobim e sua obra…nada se pode dizer, só sentir a infinitude.
só penetrar no seu território , o dessa onda que se ergueu no mar,e tocou naquela nota…naquela nota azul…que Didier-Weill nomeou …aquela do Tom do amor ,do amor primevo,dialogando o melhor manhês do mundo… captada nesses abissais da falta, de onde Jobim emergiu sua criação, e nela nos envolveu e nos embalará eternamente…
Sônia… melhor comentário não poderia haver. Sua fala convoca à única posição coerente com Jobim e sua obra imensa: o silêncio. De fato ele fala e toca manhês, no exato tom que nossa criança interior é capaz de ouvir.